Portugal um país de (in) justiça medonha!

Enquanto neste país, o grupo COFINA e seus média, nomeadamente o Correio da Manhã, estão interditos de publicar notícias sobre o caso Sócrates. Este no entretanto é autorizado, e até encorajado pelos párias deste país, a dar entrevistas na TV. Isto estando este senhor em liberdade a aguardar julgamento e com acusações gravíssimas pendentes, como a fuga ao fisco, branqueamento de capitais e uso de posições de governação para proveito próprio, entre muitas outras!

São pois critérios de uma justiça com "dois pesos e duas medidas", que mais não provam que esta continua fiel e tradicionalmente, a ser um instrumento para os poderosos se defenderem dos que pouco ou nada têm.
E assim, deste modo (com ou sem consciência deste seu enquadradamento perfeitamente medievo!!?), continuam a empurrar a hipótese de Portugal vir a ser um país realmente democrático, socialmente justo e desenvolvido, para as "calendas gregas", ou quiça para o "julgamento final", a acreditar em tanta "prática religiosa" destas gentes.

É pois despudoradamente o "modus-operandi" de todo um sistema de justiça com mais de 40 anos de práticas, alicerçadas na velha ideologia de ser vergonhosamente forte para com os fracos, e fraca (e até submissa) perante os fortes.
Num país assim, onde a justiça se encontra ausente em parte incerta, a democracia é algo de impossível e só um regime de párias pode outorgar-se em todo o seu esplendor, como os "donos disto tudo e de alem mar perdidos".

Progresso e crescimento neste país? Só mesmo o da corrupção, fuga ao fisco e esclavagismo praticados a céu aberto por uns milhares de dono disto tudo, sempre a roubarem o erário público perante a inacção, e até com a bênção da grande maioria deste pobre povo, sempre explorado até à medula.

Francisco Gonçalves In 13 Dec2015

Impostos: empresas pagam cada vez menos e famílias cada vez mais...
"(..).
O diretor do centro de política fiscal da OCDE, Pascal Saint Amans, explicou que as empresas acabam sempre por encontrar uma forma de pagar menos impostos.
“A grande maioria das subidas de impostos desde a crise recaem sobre as famílias através de mais contribuições à Segurança Social, do IVA e do imposto sobre os salários”, acrescentou.
Em Portugal, as receitas fiscais totais representavam 32% do PIB em 2007 e passaram a significar 34,5% do PIB em 2013 e 34,4% em 2014, segundo as estimativas da OCDE. (..)."

Ver artigo sobre os 1000 párias e donos disto tudo.... e depois diga-me se ainda se orgulha de ser cidadão deste pobre país!
"(..)..
Depois de ter passado sete anos à frente da Direcção Geral de Impostos mergulhado num silêncio sepulcral, José Azevedo Pereira concedeu uma estrevista à SIC-Notícias. Entre o muito que não diz mas insinua, e as conclusões que consente que se tirem sobre a manipulação política a que o Fisco terá sido sujeito durante o último Governo, há uma informação que deixou cair sem ambiguidade: em 2014, quando saiu da Autoridade Tributária, uma equipa especial por si chefiada tinha identificado cerca de 1.000 famílias ricas – os chamados "high net worth individuals" – que, por definição, acumulavam 25 milhões de euros de património ou, alternativamente, recebiam 5 milhões de euros de rendimento por ano. ()..
Só é pena que tenha demorado oito anos a começar a falar e que, oito anos depois, a Autoridade Tributária continue a ser uma estrutura opaca, que silencia informação estatística fundamental para se fazerem debates informados, e que subtrai do conhecimento geral todas as valiosas interpretações que adopta. Não é só o acesso privilegiado de um punhado de contribuintes ao poder que distorce a democracia e desvia milhões dos cofres públicos. A falta de transparência das instituições públicas também. " In "Jornal Negócios" 12Dec2015.

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