Talvez não baste "à mulher de César que pareça séria..." !

Apenas uma reflexão sobre os dias sombrios que vivemos e com resultados que nos deveriam preocupar a todos, como cidadãos, como colectivo e nação !

Hoje em dia as pessoas e as organizações preocupam-se muito (ou até unicamente) com a aparência .. um curriculum apresentado de forma magnífica.. uma excelente apresentação de powerpoint, etc (são hoje o suprasumo da barbatana e valem só por si!!).... e capazes de levar gestores e decisores de empresas e governos, a terem autênticos orgasmos organizacionais, que depois se multiplicam pelos media, sempre àvidos destes e de outros "faits-divers" !

... mas surpreendentemente (e eu acrescentaria FATALMENTE), o mesmo não acontece na
preocupação com o desempenho, a competência real dos profisssionais e sobretudo com os resultados obtidos... que parecem nem sequer ter nenhuma relevância, até porque (presumo eu) os dinheiros na sua maioria até são públicos, e nem são dos "seus bolsos".
E até existe uma expresssão bem popular que caracteriza este sindroma, que define bem esta situação - "quero lá saber... isto nem é meu! ".

E isso é uma realidade bem objectiva e consta-se desde logo pela fraca produtividade dos portugueses (bem grave) e também dos europeus em geral.. Isto para já nem falar da mais completa ausência e incapacidade para inovar e por em prática processos criativos e que acrecentem valor no mercado, para os consumidores e a economia consequentemente.

Direi eu, que talvez não baste "à mulher de César que pareça séria... é preciso que o seja de facto também".

A minha questão é esta: Será que estamos a caminhar para uma sociedade da pura aparência, em vez do ser ?? Ou de outra forma para sociedades condenadas à irrelevância e consequentemente arriscarem-se a retrocessos civilizacionais, de que nem estaremos a ter sequer a ideia, qual o seu impacto nas actuais sociedades e países ?

Ou afinal apenas se constata que Murphy tinha razão quando em um dos seus principios afirmou :
"A garantia de sucesso é a honestidade, uma vez aprendida a forma de a fingir o sucesso está assegurado".

Efectivamente no passado, a raça humana ainda não tinha inventado o marketing, nem possuía a varinha de condão da estatistica, pelo que a sua única hipótese era usar a mentira !

Francisco Gonçalves

( francis.goncalves@gmail.com )

Honestidade é um presente muito caro. Não espere isso de pessoas baratas.” 
Warren Buffett

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( É a má gestão que contrinbui para a baixa de produtividade na Europa ? )

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