A Nação em dia de "O silêncio dos inocentes" !

No dia de ontem, que foi o do "silêncio dos inocentes", onde mais de 3 milhões de portugueses vivem abaixo dos 500,00 Euros, milhões de reformados não têm dinheiro para comprar comida e menos para adquirir medicamentos, 3 em cada 10 crianças pelo menos vivem abaixo do limiar da pobreza. E a somar a tudo isto, mais de 1 milhão de desempregados dos quais mais de metade não terão qualquer hipótese de encontrar novo emprego nesta terra pejada de corrupção e gestão danosa.

Um país onde a justiça é a dos mais fortes contra os fracos que nem acesso a ela têm.

Um país onde a corrupção triunfa criminosamente em todas as frentes, entre outras abjectas realidades de uma nação destruída por um "gang" de plutocratas, e onde políticos e intelectuais mediocres continuam a assobiar para o ar como se tudo estivesse bem no melhor dos mundos, é em minha opinião uma afronta a Portugal e ao seu povo em sofrimento.

E um povo que tem sido mantido inculto e propositadamente pleno de iliteracia, pese embora os gastos exorbitantes em educação dos últimos 39 anos, apenas com o objectivo de ter mais licenciados e diplomados. Tudo mera cosmética e apenas para efeitos estatísticos perante a Europa e o Mundo.
Apesar disso seremos o país com maior grau de iliteracia da Europa e um povo "inculto será sempre o instrumento cego da sua própria destruição", pois que é também mais fácilmente manipulável e desgovernado, como está à vista do mundo inteiro.

E para desgoverno basta analisarmos um aspecto peculiar da forma como esta nação tem sido destruída à mãos de traidores e colaboracionistas com o saque de países estrangeiros e agiotas apátridas.
E de tal forma que Portugal, então um a nação ainda independente, tinha há menos de 30 anos, uma dívida externa não superior a 19 mil milhões de euros,e pasme-se o cidadão comum, hoje escravo de uma corja de corruptos sem lei. 
Hoje a nação, com este povo totalmente ajoelhado, suporta abjectamente uma dívida já impagável (que não foi o povo que a contraiu e menos a autorizou), que ascende a mais de 200 mil milhões de euros. Isto é em 30 anos esta corja de políticos corruptos fez disparar, por sua e única livre iniciativa a divida externa do país em 10 x o seu valor, tendo igualmente posto em causa a nossa independência nacional e a nossa soberania totalmente entregue às garras da agiotagem pérfida internacional.

Face ao actual momento histórico, vivemos em Portugal tempos de degradação maior, de todo um povo e nação, de que há memória na nossa já longa história de quase 9 séculos.
Não deverá ter existido momento na nossa história mais medíocre e aviltante, que o que vivemos na actualidade.

Importa que tenhamos todos nós povo, a coragem de por termo a esta comédia mal representada!

Francisco Gonçalves "in" 19Sept2013

Nota: Eis a formula usada para construir um povo idiota, e que este sistema partidocrata corrupto seguiu ponto por ponto, até ter o sucesso que culmina nos dias de hoje.

De facto não passamos de "Um Povo Resignado e Dois Partidos sem Ideias -

Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta
de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta. [.]

Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, da violência ao roubo, donde provem que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro. Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País.

A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas.

Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar. "

Guerra Junqueiro, in 'Pátria (1896)'



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