As organizações na era do conhecimento e da partilha da informação

Em plena era do conhecimento e da partilha da informação, é bom que quem tem a seu cargo a gestão de topo das Organizações, tenha bem claro que o recurso mais importante são as pessoas. Só estas poderão, a partir da informação disponível, acumular e pôr ao serviço das organizações o conhecimento. Este é pois o combustível que alimenta o desenvolvimento da sociedade e das organizações, através de um processo consciente de inovação contínua.
E aqui as Tecnologias de Informação (TIC), têm um papel determinante e estratégico, já que são as ferramentas base para que a inovação possa ocorrer, criando maior riqueza para todos. Não devemos pois, confundir os conceitos de informação e conhecimentos , como qualquer outras matérias primas - aquelas têm propriedades "mágicas", já que permitem transformações rápidas, as quais se traduzem quase instantâneamente em mais riqueza. Assim, o conhecimento passa a deter a primazia numa civilização, em que a economia se globaliza a passos de gigante, e é o fio condutor nos processos de inovação, e com capacidade de acrescentar valor.

A gestão dos recursos (como conhecimento e informação) passam a assumir carácter de primazia nas nossas sociedades, uma vez que as organizações passam a ter que enfrentar mudanças cada vez mais rápidas, onde só a capacidade de inovar e reinventar podem introduzir valor acrescentado e flexibilidade. Das empresas de capital intensivo passámos rápidamente às organizações de conhecimento e informação intensivos.
Por outro lado as tecnologias em aceleração continua dão suporte às mudanças rápidas que se impõem na era da globalização. A capacidade de decisão é um outro factor que as organizações deverão cultivar, implementando níveis de decisão e estruturas horizontais, onde a inovação encontre lugar e alimento adequado ao seu florescimento.

Basta a análise de três tecnologias recentes de comunicações, como o fax (década de 80), e-mail (década de 90) e o actual "instant messaging" e ferramentas de colaboração integradas, e teremos que: na era do fax, as decisões eram comunicadas, em média, em dias; com o e-mail em horas; e actualmente a grande maioria de decisões, que afectam directamente os negócios, tomadas em questão de minutos. Isto só por si demonstra a rápida evolução da sociedade em matéria de necessidade de tomadas de decisões nos negócios e nas nossas próprias vidas. Neste ambiente "apenas os mais rápidos sobvreviverão" e como tal só as organizações que venham a dar atenção às pessoas e às sua enorme capacidade de inovar continuamente, poderão ascender a ser productivas e competitivas, num mercado cada vez mais globalizado.

Como tal a empresa na era do conhecimento e da partilha da informação necessita de adoptar uma "cultura" de colaboração e de insatisfação criativa, de molde a transformar o modelo de participação das pessoas (colaboradores, parceiros, etc.), com vista a obter mais inovação e criatividade à empresa, enriquecendo ainda a sua cultura, que passará a assumir-se mais dinâmica e em transformação continua, tal como o mundo dos negócios hoje o exige. E esta nova forma de participar e colaborar é precisamente o de que as pessoas são o factor mais importante das organizações actuais, porque só estas podem trazer os conhecimentos e a capacidade de inovação necessários à produção, nesta nova era do conhecimento e partilha de informação, num mundo cada vez mais globalizado e à escala planetária.


Por: Francisco Gonçalves (c) Outubro 2007
SofteLabs Communications & Innovation Technologies
francis.goncalves@gmail.com

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